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Os psicólogos já sabem que existe uma relação entre esforço, motivação e cognição. Traduzindo: que a simplicidade (ou complexidade) com a qual uma atividade é descrita e processada pode afetar nossa atitude com relação a essa atividade – e nossa decisão de realizá-la. Quanto mais simples de explicar e de entender, mais fácil as pessoas se engajam na tarefa. Quanto mais complicado for a descrição e compreensão, maior a certeza de que a coisa toda não vai acontecer do jeito esperado.

Agora, essa tese ganha o suporte de uma pesquisa com 14.000 profissionais em nove países, realizada pela empresa de branding americana Siegel+Gale, com sede em Nova York, que descobriu uma verdade elementar: quando mais descomplicado for o ambiente de trabalho, maior a produtividade, maior a retenção e maior a capacidade de inovação. O estudo foi divulgado neste mês de novembro e revela que os empregados de uma empresa onde a simplicidade é a regra tornam-se, ainda, ardentes defensores da marca e seus valores.

A pesquisa, intitulada “Simplicity at work”, mostra que 30% dos entrevistados consideram suas empresas complicadas e só 20% dos pesquisados disseram trabalhar em ambientes simples de entender. As organizações mais novas são menos complicadas que as mais antigas. Segundo a Siegel+Gale, “as primeiras deveriam continuar assim e as outras, deveriam retornar às origens”, buscando a simplificação hierárquica, das relações de poder, das rotinas de trabalho, das regras internas, dos critérios de contratação, entre outros processos.

E o que faz um local de trabalho ser simples? Para a Siegel+Gale, eles são encontrados em organizações que se comunicam claramente, top-down, acerca de seu propósito, valores e metas. São empresas nas quais os empregados têm uma noção das consequências de seu trabalho junto aos clientes e ao resultado da organização.

Segundo a pesquisa, nos ambientes menos burocratizados e mais soltos, a tranquilidade psicológica para se trabalhar é maior, gerando confiança, além da eficiência combinada com a satisfação de se realizar o trabalho. Os números a favor das empresas “simples” são eloquentes: 95% dos empregados confiam nas lideranças; 84% pensam em permanecer no trabalho; 65% provavelmente indicarão a empresa a amigos e parentes; e 54% acham que nestes ambientes incentivam o engajamento em atividades de inovação.

A pesquisa indica ainda que os “brand champions”, ou os “evangelizadores” da marca, ajudam a construir ambientes mais simples de se trabalhar, pois tem um papel de facilitadores junto aos mais jovens na compreensão do propósito e valores da empresa, sua relação com clientes e mercado.

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