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Se você está pensando em hunting de talentos, considere o seguinte: a consultoria Deloitte aponta que em pouco mais de 10 anos, os homens e mulheres nascidos entre 1984 e 1996 (que tem hoje entre 21 e 33 anos) ocuparão 75% de todos os empregos do mundo. Ou seja, os líderes e os chefes que comandarão as empresas nos próximos anos – a sua, inclusive – já estão por aí. São os “millenials”. Essa geração reúne profissionais que já nasceram digitais e que chegam com atitudes diferentes ao mercado de trabalho.

A consultoria sueca Universum, que estuda a força das marcas na atração de talentos (o chamado “employment branding”), pesquisou jovens profissionais de 43 países e, no relatório “Compreendendo uma Geração não Compreendida”, apresenta interessantes características de comportamento dessa geração. São informações que todo presidente de empresa ou profissional de RH deveriam ter em mente hoje, de agora em diante. Veja:

1)      Os “millenials” têm pressa para alcançar posições de chefia. Querem relevância, ou seja, querem influir nos destinos da empresa.

2)      Nessa caminhada, o dinheiro é importante, mas eles dão mais valor a objetivos estratégicos claros. Querem saber o que estão fazendo;

3)      Para “subir rápido”, os “Millenials” aceitam mais trabalho e mais stress, desde que o trabalho desafiador (interessante) e inovador;

4)      Entre altos salários e balanço entre vida/trabalho, a maioria deles escolheria a segunda opção;

5)      Para eles, as mudanças no mundo virão mais da iniciativa privada e menos dos governos, quer dizer, entendem que empresas podem defender “causas”;

6)      Família e amigos tem pouco a ver com as decisões relativas a trabalho e carreira para estes profissionais. Isto é, são autossuficientes.

Entretanto, a Universum salienta que essa é a “média”. Os “millenials” americanos, asiáticos, europeus ou latino-americanos diferem entre si. Os valores e a cultura regional influenciam muito o comportamento. Em alguns lugares, por exemplo, o empoderamento vale muito; em outros a informação técnica é preferida.

O relatório “Compreendendo uma Geração não Compreendida” traz o detalhamento da pesquisa por região, incluindo a América Latina, que é de nosso interesse. Publicado em seis partes, em inglês, no formato de e-book, ele pode ser baixado gratuitamente em: https://goo.gl/Fj82yA. Vale a pena: é repleto de dicas muito interessantes.

Uma delas: as empresas precisam trabalhar suas marcas junto às faculdades, onde estão os próximos “millenials”, tornando claro seu propósito e seus valores, promovendo, desde cedo uma identificação com os talentos que hoje ainda estão estudando.